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Sobre a Psicoterapia On-Line

Vivemos numa época de intensas e rápidas transformações que nos propõe constantes novas conexões. 

Desde 2018, o Conselho Federal de Psicologia ampliou as possibilidades de atendimento on-line garantindo que este serviço possa ser passível de fiscalização e prestado dentro de padrões éticos.

O atendimento psicológico on-line é uma modalidade devidamente regulamentada e cientificamente estudada que objetiva reduzir problemas, queixas ou transtornos oferecendo possibilidades de reflexão sobre si, suas escolhas, sentimentos, percepções, valores.

Ele auxilia paciente a encontrar recursos dentro de si para dar conta da realidade e suas angústias, com mais liberdade de pensamento e criatividade.

Se você chegou até aqui, pode estar interessado em iniciar um processo de psicoterapia nessa modalidade. Estou à disposição para melhor esclarecer as possibilidades de trabalho.

O que acontece numa psicoterapia de orientação psicanalítica?

Considerando a singularidade de cada pessoa, pela qual tanto preza a Psicanálise, os motivos que levam um paciente a buscar um analista podem ser os mais diversos. Conflitos de relacionamento familiar, de adaptação nas diversas áreas da vida, dificuldades para sentir-se bem e encontrar prazer no ambiente de trabalho ou nos relacionamentos, sejam eles amorosos ou não, etc. O que, de fato, importa, é que a pessoa realmente queira ser ajudada. Somente assim será possível uma aliança terapêutica em direção à cura. Isso porque, depois que a análise é iniciada, analista e paciente entram em contato com forças contraditórias dentro do paciente, algumas delas fortemente resistentes às mudanças.

 

A clínica psicanalítica é uma psicoterapia menos condutiva e mais profunda que possibilita transformações duradouras através de uma relação íntima e especial estabelecida entre a pessoa e seu analista, este que, por sua vez, tendo passado pelo mesmo processo, será norteado pelo amor à verdade, principal bússola de uma travessia analítica. Além de ser capaz de uma escuta fina, atenta, leal e acolhedora; e abstinente de julgamento moral.

 

A Psicanálise foi descrita por Freud como um método científico de investigação, um conjunto de conceitos e teorias e um método de tratamento clínico, ou seja, uma maneira de lidar com o sofrimento e com os sintomas que advém dele.

No seu exercício clínico, Freud descobriu no interior do homem forças e desejos inconscientes poderosos e opostos que estão em constante conflito entre si. Além de inerentes, as contradições seriam também constitutivas do ser humano como tal, o que questiona o conceito de “indivíduo” (indivisível), e introduz a ideia de “sujeito”.

 

Freud dizia que o objetivo da Psicanálise seria restaurar no sujeito a capacidade de investir em pessoas e ideais, ou seja, “amar e trabalhar”.

Com capacidade de amar, ele quis dizer ser capaz de manter relações afetivas qualitativas e viáveis, conhecendo a si mesmo, suas capacidades e limitações, tolerando mais e sentindo mais compaixão para com o outro, deixando de exigir do outro o que ele não pode dar.

Quanto ao trabalho, Freud se referiu à capacidade funcional para viver em sociedade de maneira mais harmoniosa aceitando que algumas coisas podem ser mudadas, mas outras não, aceitando melhor a ideia de finitude, assumindo responsabilidades, vivendo com mais paixão.

Por assim dizer, o trabalho da Psicanálise possibilita importantes transformações psíquicas no sujeito na medida em que este vai remanejando suas energias, seus investimentos libidinais de acordo com seu sistema de valores. Mas ela não oferece soluções mágicas, aliás, requer coragem e seu percurso por vezes é árduo, um trabalho penoso em direção à verdade, que por fim será libertador.

O psicanalista não tem respostas prontas, não elimina sintomas imediatamente, nem sequer promete “cura”. A melhora vem, é fato, mas nem sempre da forma que o paciente esperava. Porque a Psicanálise trabalha na singularidade do sujeito e na verdade até então desconhecida do seu desejo.

Além disso, desde o primeiro momento, o psicanalista vai buscar implicar o paciente no seu próprio sofrimento, responsabilizando-o subjetivamente por sua condição.

É a partir deste sofrimento que o paciente busca o analista, e é de suma importância que o paciente realmente queira ser ajudado para que uma aliança terapêutica em direção à cura seja possível, pois, uma vez iniciada a análise, entra-se em contato com algo contraditório no paciente, uma força em sua mente que se opõe à mudança e à melhora que foi buscar.

À essa força que é regida pelo princípio de inércia, Freud chamou de resistência. A indagação sobre as razões desta resistência e a forma como o paciente vive isso na sua relação com o analista responde sobre a natureza das angústias do sujeito e suas fantasias fundamentais.

Será então nessa relação com o analista que o paciente irá transferir sua personalidade e dinâmica psíquica. E, através de seu tato, neutralidade e amor à verdade, o analista por sua vez traduzirá estes conteúdos de forma clara e organizada ao paciente de modo que ele se torne cada vez mais consciente e íntimo de si mesmo.

Com maior segurança, intuição e consciência de si e da realidade à sua volta, o paciente será mais capaz de refletir com discernimento seus sentimentos, percepções e valores, tolerar a realidade externa em suas incertezas e imposições, tomando decisões com mais liberdade interna e autonomia de pensamento, em vez de atuar seus impulsos cegamente, podendo usar de criatividade para reinventar-se a si e sua própria vida após ressignificar sua história.

Por fim, é importante dizer que para que este processo aconteça e se sustente é imprescindível que o analista tenha, ele mesmo, passado por estas experiências, submetendo-se a alguns bons anos de análise, além de uma séria e profunda formação.

Eu acrescentaria também uma certa bagagem de vida, e amor e curiosidade pela diversidade humana.

Minha Abordgem
Âncora 1

Psicologia Online por Sophia Eugênia Vieira

Contato: (61) 98212-8900

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